Dança dos Lábios

Flores, odores, cores 

Traços, retalhos, cortes,Conforme os corpos acorrentavam-se as cadeiras

A alma passeava com o desinteresse no bosque dos sonhos.

As listras se integram ao tom vermelho do velho carpete,

Enquanto o solo dos lábios engrandecia a coreografia das faces,

Tentando reter o som vazio e ineficaz da tentativa frustrada...

Março, Agosto e Novembros

Entreguei-me aos teus encantos,A teus cachos filho do tempo,A mão tremula, o arrepiar da pele,A vontade e o receio,A entrega e o medo,Na boca mais uma vez o sabor De um amor de quatro estações.

O bom feitor

O véu se rasgou,
Os olhos ao amanhecer
Ainda cheio de lágrimas prontas
A conhecer a “fundo” minha face nua.
A certeza abafada pela duvida dolorosa,
Cumprimenta o bom feitor. Que por sua vez,
O retorna com um sorriso amargo estampado nos olhos de vidro.
As nuvens azuis, migraram para o horizonte,
Dando espaço aos gentis temporais que ao chegar,
Enlaça o coração por hora aberto de bartô.