terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Imperfeita Perfeição.



Observei atenta ao longo do dia
Os grandes olhos do pequeno bartô presos ao antigo cuco na parede da sala..
Permanceram assim por muitos dias.
Ao fim de cada dia seu canto alegrava as madrugadas, ainda que os olhos revelacem sua anciedade...
Bartô esconde em sua barriga amarela sonhos e esperanças.
Bartô voa contra o tempo esperando seu tempo chegar..
Bartô não entende aquele passaro encontrar a luz a cada uma hora e se trancar na escuridão...
E sem entender as semanas corriam,
E bartô esperava em sua imperfeição, o tempo perfeito dos céus bater em sua gaiola.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dança dos Lábios

Flores, odores, cores 
Traços, retalhos, cortes,Conforme os corpos acorrentavam-se as cadeiras
A alma passeava com o desinteresse no bosque dos sonhos.
As listras se integram ao tom vermelho do velho carpete,
Enquanto o solo dos lábios engrandecia a coreografia das faces,
Tentando reter o som vazio e ineficaz da tentativa frustrada...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Março, Agosto e Novembros


Entreguei-me aos teus encantos,A teus cachos filho do tempo,A mão tremula, o arrepiar da pele,A vontade e o receio,A entrega e o medo,Na boca mais uma vez o sabor De um amor de quatro estações.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O bom feitor

O véu se rasgou,
Os olhos ao amanhecer
Ainda cheio de lágrimas prontas
A conhecer a “fundo” minha face nua.
A certeza abafada pela duvida dolorosa,
Cumprimenta o bom feitor. Que por sua vez,
O retorna com um sorriso amargo estampado nos olhos de vidro.
As nuvens azuis, migraram para o horizonte,
Dando espaço aos gentis temporais que ao chegar,
Enlaça o coração por hora aberto de bartô.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Universo de listras.

Fixadamente observo teus olhos,
Tento filtrar qualquer linha de pensamento que deles possa sair,
Tento decifrar seus trejeitos,
Qualquer franzir de testa ou ageitar de calça.
O olhar de bartô parece ser atraido por teus braços,
Envolvido pela chama camuflada com o tom branco da calmaria deste corpo.
Tu, pequenino, tem me arrastado para o universo das listras,
Intenso universo de listras que embala os sonhos secretos do passáro de barriga amarela.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Adeus.


O meu olhar preso a janela ficou,
Enquanto admirava a forte esperança que ainda restara,
recolhia os pequenos cacos espalhados pela cama.
Os quebrei enquanto desviava a atenção do teu adeus.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Uma verdade.

"(...) o meu processo na verdade sempre foi lento, trocar de mascaras e assumir certos estados de espirito nunca foi fácil e muito menos rápido.. não para o coração pequenino, lento e sonhador de bartô. É que na mata em que cresci nunca foi bonito se desmanchar em sorrisos enquanto o coração se dilacera em lágrimas."

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Caíu do céu!


Sou um pássaro que embora solto, deixei-me prender a você.
Que amo e de peito estufado e exibido me entrego aos seus braços, pássaro que canta de galo dentro da gaiola, mas treme só de sentir a grade se abrir para te encontrar.
Aquele que levanta o voou mais bonito atraindo todos os olhares, ainda que tenha uma das asas quebradas! Às vezes vira gente assumindo a forma infantil só para que você o envolva em seus braços e o segure como se não fosse soltar por nada no mundo. Sou bartô da barriga amarela que tem medo de mar, medo de que sua onda se vá e na volta você se quebre antes de chegar a mim.
Não quero eu que você pinte minha tela baseando-se em uma foto antiga posta na estante, mas sim, que possamos construir uma tela conjunta baseada em raras lágrimas, incansáveis sorrisos, inúmeros carinhos e uma eterna felicidade guiada pelo amor infinito.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Estranho Medo.


Ridiculamente, aprisiono meu eco medroso  junto ao asfalto frio e esquecido desse jardim sem flores. É estranho sentir medo de coisas tão banais como:  o medo da ventania que passa e ameaça desviar teu olhar do coração de bartô, o medo de que o passado acorde de forças renovadas para que o presente recue na escada branca, ou até mesmo o medo da perfeição de um sonho real, medo de estar atrapalhando o equilíbrio do Sr. Emocional e da Sra. Razão raiva das lágrimas que insistem em interromper as ondas salgadas de um mar inconstante e azul.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Tempo.

O Tempo passeia com o tempo,
O Tempo voa para o tempo, O Tempo corre do próprio tempo, E estaciona em seu tempo. Será que corro, paro caminho ou devo voar? Pausadamente o tempo se despede E então muito veloz ele já se despede do outro. Parece estar sempre de partida, e de fato está! O Controle não funciona,
O botão de pausar quebrou,
Você vem e junto, o tempo apressado nos visita, Você se vai, Os móveis da casa já não são só corações. Agora mesmo, me conforto deitada Em minha grande e espaçosa saudade Enquanto anseio que o tempo de o ar de sua graça.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Espelho, espelho teu.

O seu cheiro impregnado na capa do sofá, sumiu..
A fôrma do teu corpo no colchão se esfriou,
Esses olhares antes de admiração,
Hoje se resumem a decepção.
No espelho seu rosto borrado pela tristeza.
Pode o dinheiro matar uma alma,
Rude mas preciosa numa curta passagem
De luz para escuridão?

terça-feira, 13 de março de 2012

Será?

“Avisto um mesmo corpo,
Um corpo vazio, sem tua alma.
Impossivelmente possível, escuto um canto oco
Sem tua voz suave, Bartô!
Preso em tua falsa liberdade e
Em minha falsa aceitação a sua ausência que agora me machuca.
Sentimentos vão se entrelaçando..
E agora nem eu mesma sei onde estão.
Será que partiram junto ao seu sorriso,
Em outra direção que não a minha?
Ou será que o mundo novamente me passou a perna..."

segunda-feira, 5 de março de 2012

Um leve salto

E hoje senti meu coração saltar,
Saltar e com os dedos em minha face
Anunciar tamanha rebeldia,
De que essa nobre revolução sentimental
Apossara-se de meu corpo,
Sem se quer cumprimentar o seio tremulo.
Sorri,
Com ar de quem encara a insanidade.
E de fato estava louca!
Perdida e aceitavelmente louca,
Pelos meus olhos, meus braços, meus lábios;
Teus olhos, teus braços, teus lábios!

domingo, 4 de março de 2012

Inconstância

Num piscar de olhos tua doce imagem se foi,
A esperança ainda assim continua intacta!
Vejo-me perdida entre as listras azuis,
Más nenhuma era igual a tua.
E de repente os milhares de rostos antes distintos
Resolvem por a mesma máscara, Apertando cada vez mais esse pequeno coração de Bartô.
Ah como seria bom levantar vôo e fazer com que nossas asas entrassem em sincronia.
Como seria bom, voar contigo em linha reta abandonando a inconstância dos círculos sem inicio ou fim.
Venha voar junto à Bartô, pequenino. 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Teu Forró

" No meio do salão..
As pregas amarrotadas da expectativa,
Os aromas intencionados exalando
Levando ao coração o que os olhos embaçados não enxergam,
Enquanto a sola do pé gentilmente se despedia."

Buraco Negro

Ainda agora eu senti uma gota rolar
Sobre essa capa de chumbo desgastado.
Observo essa gloriosa bola de diferenças e hipocrisia girar,
O norte embalado sem se quer pensar
Perde sua senha na fila do desgosto.
Um abismo de alucinação parece me envolver,
Um aperto de mãos quase sem cor.
Vejo-me agora dentro dele
E no meio da obscuridade
Gritos, Medo, Risos desnorteados.
Eu já não sei quem eu sou!
Que papel assumir?
Que personagem inventar agora?
Percebo um estralo na cabeça, logo volto a refletir.
Concluo que sou mais um louco perdido no espaço,
Talvez
Um romântico desajeitado,

Um par de luvas vazio,
Uma mascara velha, numa estante empoeirada!

Medo?!

Medo é um sentimento um tanto desconcertante e confuso. Ninguém sabe ao certo porque se sente e nem como fazê-lo partir. Muitos têm medo da morte, de um trauma, de uma resposta e também da resposta não dada. Eu tenho medo de perder o meu colchão! Nele estão enterrados todos os melhores sonhos, o meu cansaço, é nele que escrevo para não chorar e choro para não gritar algo que possa magoar o outro. E principalmente eu tenho certeza de que quando eu não agüentar mais e cair ele estará ali pra amenizar a minha dor e confortar o eu espírito.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Vôe junto a Bartô


Assumo minha covardia mais uma vez. Confesso que acabei me acostumando a abrir mão de mim por qualquer outro. Essa luta me assusta, o seu sorriso me desarma de tal maneira que consegue facilmente que os batimentos cardíacos e a respiração desesperada dêem as mãos para passear no bosque literalmente. O cérebro não consegue absorver a mensagem da voz calma e amiga que insiste em dizer que esse corpo pode sim vencer se persistir e esperar, - esperar mais? –Me pergunto. Bartô se tranqüiliza na cela de cimento frio, tem sempre em mãos a máscara do sorriso feliz quando sente seu passo mais perto. Usa também freqüentemente a mascara da indiferença quando um terceiro se aproxima! O tempo voa e lentamente contemplando esse sorriso abobalhado, decido que esse sentimento deve seguir voando junto a Bartô, sem que eu me de conta de que a muito não uso mais qualquer uma destas máscaras, logo, você se de conta de que nunca me viu de verdade.

Saudades

Deixei entreaberta a janela do quarto esperando enxergar o aperto de mãos entre o sol e a lua já que ambos vivem assim, se amando de longe. Mais ao piscar os olhos percebi o quanto seus caminhos são distantes e a tristeza que há neles. Nem mesmo um comprimento lhe é permitido, o comportamento é padrão é preciso que eu saia para que o seu brilho se espalhe e é preciso ver  você partir para que o brilho escuro do nosso amor impossível embale a troca de carinho dos amantes lá em baixo. É preciso lembrar Bartô que seu canto nunca mais me embalará os sonhos para que os meus pés se movam em direção ao sol.

Laços de fita





Essa mulher que quando pequenina a mãe amarrava laços de fita na cabeça e brincava de casinha dentro de casa. Essa nasceu com uma luz dentro dela que vai irradiando pelos cantos e tomando conta da escuridão, como se aninhasse as maldades com a ponta dos dedos. Sorri para as esquinas. Não puxa as rosas dos canteiros, pois gosta de cuidá-las de longe, vê-las crescerem e ganharem corações. É menina que abraça e enlaça o outro peito amargurado, como se em dois segundos o curasse, talvez esse seja o grande poder dela, o mais belo talento. Poliana faz do choro uma música e vai dizendo: É só uma, logo passa. Engana a quem vê-la só como uma menina. É mulher forte, das que aguentam de peito calado só para não magoar o inquilino ao lado. Poliana é beleza, dia de sol, castelos de areia… Digo que esse nome é quase uma cantoria dentro do corpo, para curar, para fazer bem, para cativar a quem escuta.

Menino



O inocente silêncio impera,
A escuridão invade as ruas.
Num pequeno canto, olhos explorando a superfície
Litros de café espalhados no chão
E um lápis agora vai ganhando vida.
Rapidamente as palavras surgem no papel
Assim os sentimentos reprimidos
Assumem suas formas originais!

Escrever é matar-te pouco a pouco
Ainda que a semente não tenha brotado por completo.
A cada novo desfile solar,
Te sinto mais perto e te vejo cada vez mais longe
Das minhas caricias
Desse meu santuário de ações e reações.
24 horas sem o teu calor,
Sem o teu brilho,
Sem tuas risadas de eterno menino,
Seus planos de sonhador sem esperança,
Sem que a tua imensa luz pairasse sobre as nuvens cinzentas!

Presente

A chuva vem e molha meu
Rosto enrugado, frio e sem vida.
Enquanto lá dentro, tua presença seguia fazendo o silêncio...
Silêncios de confusão, de entregas, preocupações,
Sonhos e tristeza!
De um lado o sono tranqüilo seguido das reticências vermelhas do amor.
Já do outro, um ponto final a lápis e a interrogação Dilacerando o ingênuo coração de Bartô.
A água salgada ao tocar a pele morena Dói, arde, machuca as feridas ainda abertas,
Saio correndo deixando-se misturar as águas os segredos escondidos, em falsos personagens.
Respiro na areia a libertação de alguns e o medo de outros.
Mascaras caídas e outras recuperadas...
Logo mais um sol puro vem surgindo enfeitando o mesmo céu azul de sempre
A festa acabou mas a bagunça ficou impregnada em todos nós rs
Agora eu Bartô, bato as asas voando em direção aos sonhos
Onde poderei modelar os fatos e os finais felizes.

Os Sete

(segunda, 28 de Fevereiro de 2011)

As paredes fecharam-se lentamente
Fui ficando sem ar,
Tudo por conta dessa cicatriz
Que recente você deixou,
Estrelas da noite.
Horas na janela, fitando o vôo
Seguro e preciso do velho Bartolomeu.
O canto, anuncia a liberdade.
O rugir das grades, traz de volta o carinho da solidão.
Aprecio o som dos olhos se perdendo na areia,
O sorriso de um sonho amante de primavera!
Sete corpos hospedeiros nas águas puras,
Tendo como inquilino os desprazeres e desejos
Deixados ao fim da festa.
Sete capas,
Sete casulos,
Sete grandes mentiras!
Um grito abafado se perde nas ondas
E o segredo queimado, se enterra nos céus

Quem é Bartô?

Eu já não sei quem eu sou!
Que papel assumir?
Que personagem inventar agora?
Percebo um estralo na cabeça, logo volto a refletir.
Concluo que sou mais um louco perdido no espaço,
Talvez
Um romântico desajeitado,
Um par de luvas vazio,
Uma mascara velha, numa estante empoeirada!