segunda-feira, 26 de março de 2012

Tempo.

O Tempo passeia com o tempo,
O Tempo voa para o tempo, O Tempo corre do próprio tempo, E estaciona em seu tempo. Será que corro, paro caminho ou devo voar? Pausadamente o tempo se despede E então muito veloz ele já se despede do outro. Parece estar sempre de partida, e de fato está! O Controle não funciona,
O botão de pausar quebrou,
Você vem e junto, o tempo apressado nos visita, Você se vai, Os móveis da casa já não são só corações. Agora mesmo, me conforto deitada Em minha grande e espaçosa saudade Enquanto anseio que o tempo de o ar de sua graça.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Espelho, espelho teu.

O seu cheiro impregnado na capa do sofá, sumiu..
A fôrma do teu corpo no colchão se esfriou,
Esses olhares antes de admiração,
Hoje se resumem a decepção.
No espelho seu rosto borrado pela tristeza.
Pode o dinheiro matar uma alma,
Rude mas preciosa numa curta passagem
De luz para escuridão?

terça-feira, 13 de março de 2012

Será?

“Avisto um mesmo corpo,
Um corpo vazio, sem tua alma.
Impossivelmente possível, escuto um canto oco
Sem tua voz suave, Bartô!
Preso em tua falsa liberdade e
Em minha falsa aceitação a sua ausência que agora me machuca.
Sentimentos vão se entrelaçando..
E agora nem eu mesma sei onde estão.
Será que partiram junto ao seu sorriso,
Em outra direção que não a minha?
Ou será que o mundo novamente me passou a perna..."

segunda-feira, 5 de março de 2012

Um leve salto

E hoje senti meu coração saltar,
Saltar e com os dedos em minha face
Anunciar tamanha rebeldia,
De que essa nobre revolução sentimental
Apossara-se de meu corpo,
Sem se quer cumprimentar o seio tremulo.
Sorri,
Com ar de quem encara a insanidade.
E de fato estava louca!
Perdida e aceitavelmente louca,
Pelos meus olhos, meus braços, meus lábios;
Teus olhos, teus braços, teus lábios!

domingo, 4 de março de 2012

Inconstância

Num piscar de olhos tua doce imagem se foi,
A esperança ainda assim continua intacta!
Vejo-me perdida entre as listras azuis,
Más nenhuma era igual a tua.
E de repente os milhares de rostos antes distintos
Resolvem por a mesma máscara, Apertando cada vez mais esse pequeno coração de Bartô.
Ah como seria bom levantar vôo e fazer com que nossas asas entrassem em sincronia.
Como seria bom, voar contigo em linha reta abandonando a inconstância dos círculos sem inicio ou fim.
Venha voar junto à Bartô, pequenino.