quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Um Cantar de BoaNoite

Com o voar do tempo
As listras finas e presentes de bartô tornaram-se uniformes,
Com isso, ao cair da noite suas asas tremiam.
Sentia medo das listras caladas,

Sentia medo da gaiola abafada com o eco vazio
De um canto saudoso que deixara de existir.

E as noites escoras e silenciosas se arrastavam,
Abrindo buracos onde as lágrimas pudessem jorrar.
Sobre o jornal gelado, as sementes intocadas bartô seguia,

Cantando saudade do cantar de boa noite que a muito já não se ouvia.

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