terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Laços de fita





Essa mulher que quando pequenina a mãe amarrava laços de fita na cabeça e brincava de casinha dentro de casa. Essa nasceu com uma luz dentro dela que vai irradiando pelos cantos e tomando conta da escuridão, como se aninhasse as maldades com a ponta dos dedos. Sorri para as esquinas. Não puxa as rosas dos canteiros, pois gosta de cuidá-las de longe, vê-las crescerem e ganharem corações. É menina que abraça e enlaça o outro peito amargurado, como se em dois segundos o curasse, talvez esse seja o grande poder dela, o mais belo talento. Poliana faz do choro uma música e vai dizendo: É só uma, logo passa. Engana a quem vê-la só como uma menina. É mulher forte, das que aguentam de peito calado só para não magoar o inquilino ao lado. Poliana é beleza, dia de sol, castelos de areia… Digo que esse nome é quase uma cantoria dentro do corpo, para curar, para fazer bem, para cativar a quem escuta.

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