terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Vôe junto a Bartô


Assumo minha covardia mais uma vez. Confesso que acabei me acostumando a abrir mão de mim por qualquer outro. Essa luta me assusta, o seu sorriso me desarma de tal maneira que consegue facilmente que os batimentos cardíacos e a respiração desesperada dêem as mãos para passear no bosque literalmente. O cérebro não consegue absorver a mensagem da voz calma e amiga que insiste em dizer que esse corpo pode sim vencer se persistir e esperar, - esperar mais? –Me pergunto. Bartô se tranqüiliza na cela de cimento frio, tem sempre em mãos a máscara do sorriso feliz quando sente seu passo mais perto. Usa também freqüentemente a mascara da indiferença quando um terceiro se aproxima! O tempo voa e lentamente contemplando esse sorriso abobalhado, decido que esse sentimento deve seguir voando junto a Bartô, sem que eu me de conta de que a muito não uso mais qualquer uma destas máscaras, logo, você se de conta de que nunca me viu de verdade.

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